Os principais objetivos da empresa estão relacionados a redução de emissão de CO2 e ao ciclo de vida dos produtos
O Dia Mundial do Meio Ambiente foi criado pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1972 e é celebrado no dia 5 de junho. A data reforça a importância da mudança de comportamento e a necessidade de mobilização de autoridades, governantes e organizações da sociedade civil por meio de lançamentos de manifestos e medidas para relembrar a necessidade de preservação do meio ambiente. E como não podia ser diferente, a CNH Industrial também comemora a data com destaque para alguns esforços de sustentabilidade e meio ambiente, por meio de ações no processo produtivo e em inovações de produto.
As principais metas da CNH Industrial sobre o tema estão relacionadas ao ciclo de vida do produto e a redução de CO2 e demais emissões atmosféricas. “A importância atribuída ao CO2 e outras emissões atmosféricas reflete o impacto não só dos processos de fabricação, mas também de toda a cadeia de valor, desde a logística até a cadeia de suprimentos e o uso do produto”, ressalta Fábio Belasco, gerente de EHS da CNH Industrial para a América do Sul.
Ele explica que a CNH Industrial investe em pesquisa e desenvolvimento para produtos que reduzam CO2 e adota medidas importantes nas fábricas para evitar a poluição do meio ambiente. “A companhia tem a meta de Aterro Zero nas fábricas para que todos os resíduos sejam trabalhados sob a ótica de recusa do resíduo (logística reversa), redução, reaproveitamento, reciclagem, recuperação, entre outras iniciativas”, explica. Há ainda o centro de distribuição no estado do Mato Grosso (MT), em localização mais estratégica e próxima dos mercados que a companhia atua. Assim, a empresa criou uma solução logística não apenas para ser eficiente na entrega, mas também para a redução de CO2 no transporte dos produtos.
Frente as metas globais de emissão de CO2 e demais emissões atmosféricas — conforme o relatório de sustentabilidade 2018 —, a CNH Industrial se posiciona com estatísticas positivas. Para 2022, a meta era reduzir em 20% as emissões de CO2 por unidade de produção em relação a 2014 e a empresa já a superou. “A CNH Industrial está com uma redução de 34% em emissões de CO2 por unidade de produção em relação a 2014”, ressalta Belasco. Ainda para 2022, o propósito é reduzir o CO2 de 18% por tonelada de bens transportados em relação a 2014, e já alcançou a significativa diminuição de de CO2 de 15,7% por tonelada de bens transportados em relação a 2014.
Outra meta relevante já superada é a de energia renovável. Para 2022, a empresa se propôs a utilizar 50% do total de energia elétrica derivada de consumo renovável. Hoje, esse índice está em 70,4%.
Segundo o gerente, para 2030, a CNH Industrial definiu objetivos ainda mais ambiciosos. O compromisso é reduzir as emissões de CO2 por unidade de produção em 60% — em comparação a 2014 — nas fábricas em todo o mundo e obter 90% do consumo total de eletricidade de fontes renováveis, contribuindo assim para redução do efeito estufa e aquecimento global.
“Quando se trata de emissões de CO2 e outras emissões atmosféricas, 2018 trouxe desenvolvimentos significativos em todas as nossas fábricas, uma redução de 13% ano a ano nas emissões de CO2 por hora de produção e mais de 70% do consumo de eletricidade agora são derivados de fontes renováveis. Em termos de logística, as emissões de CO2 do ano da distribuição global de entrada e saída corresponderam a nossas metas”.
Aterro Zero
Atualmente, a legislação ambiental determina que o resíduo industrial seja destinado a aterros licenciados. Apesar de ter o tratamento controlado, sua vida útil é temporária. Dessa forma, a CNH Industrial entende que todo o seu material pode ser transformado e por isso passou a enviar o mínimo de resíduo para esses locais.
“Gradualmente a empresa foi reduzindo esse volume até alcançar o que chamamos de Aterro Zero, que é a eliminação completa do envio de resíduos para aterros sanitários. Assim, a CNH Industrial na América do Sul é a que tem maior índice de reciclagem, região que fechou 2018 com 98% de todos os resíduos reciclados, enquanto a média mundial da organização é de 91,7%”, revela.
As fábricas de Contagem (MG) e Sorocaba (SP) alcançaram a meta de Aterro Zero em 2019, a planta de Piracicaba (SP) em 2018. A expetativa é que a fábrica de Sete Lagoas (MG) atinja a meta ainda este ano e a fábrica de Curitiba destina apenas 0,5% dos resíduos a aterros industriais, em cumprimento a legislação ambiental do estado do Paraná.
Água
Em 2018, a CNH Industrial reutilizou em suas plantas mais de 25 mil metros cúbicos de água, o que equivale a dez piscinas olímpicas. Além dos projetos de reaproveitamento interno, cada planta da CNH Industrial adotou ainda medidas para a redução do consumo de água, como substituição de válvulas nos sanitários para modelos econômicos, ações pela metodologia de WCM para tornar mais eficiente o descarte de efluentes industriais, entre outros.
Produto
Todo motor desenvolvido pela FPT Industrial, marca da CNH Industrial, atende a uma legislação específica para aquela aplicação, seja transporte rodoviário, agrícola, construção civil, entre outros.
O dióxido de carbono (CO2) ainda não é controlado por lei no Brasil, mas a CNH Industrial, por meio da FPT Industrial, já atua nesse sentido em duas frentes. A primeira no que diz respeito a eficiência energética, ao desenvolver um veículo que trabalha na mesma eficiência, com um consumo menor de combustível e, consequentemente, com uma emissão menor de CO2.
A segunda, a partir do desenvolvimento de motores movidos a combustíveis alternativos como o biometano, etanol, biodiesel. A empresa investe significativamente em pesquisa e desenvolvimento de produtos que adotem combustíveis alternativos.
No caso do biometano (à base de decomposição de matéria orgânica), a proposta é eliminar esse gás que seria emitido em aterros sanitários e fazendas, usando na geração de energia. A FPT Industrial já apresentou protótipos de trator agrícola e um gerador de energia movidos a biometano, ambos com resultados muito positivos.
Agora, a sequência é buscar essa aplicação em outras famílias de motores. Para se ter uma ideia da importância dessa tecnologia para o meio ambiente, o motor a gás emite 80% menos CO2 do que o diesel. Com o biometano essa redução chega a quase 100% em todo o ciclo de carbono.
Essas pesquisas visam trazer inovações que conciliem exigências ambientais, conforto, segurança, tecnologia e também o aspecto econômico, que impacta diretamente o consumidor final.
“Não adianta ter um motor limpo, eficiente, mas com o custo alto, é preciso que ele tenha uma implantação viável para o consumidor final. E a questão ambiental está e tornando um item tão essencial para o produto quanto o aspecto econômico, de conforto, segurança e tecnologia. São preocupações nossas em todas as fases do projeto. Também buscamos entender a necessidade do cliente, pensando que combustíveis alternativos abundantes no Brasil, como o etanol, não são tão disponíveis fora do país e vice-versa. Então precisamos pensar em soluções em combustíveis para viabilizar a utilização daquele produto em outras partes do mundo. Cada porcentagem de redução de consumo gera um benefício ambiental enorme. Toda redução conta”.